ROBERT CRUMB - BLUES - 2004
Já que toquei no assunto quadrinhos, vou postar dois livros desse cara que é na minha opinião o maior, e mais doido quadrinista de todos os tempos!!! Crumb nasceu na Filadélfia, Pensilvânia em 1943, e é considerado um dos fundadores do movimento underground dos quadrinhos, tendo como ponto de partida a publicação do gibi artesanal "Zap Comix". Seus trabalhos foram bastante apreciados na cena hippie, tendo deixado marcado nesta década a tira "Keep on Truckin" e os personagens "Mr. Natural", que pode ser lido como uma sátira de "Maharishi Mahesh Yogi" e semelhantes, numa época em que era moda gurus espirituais, Angeli também retrata algo parecido com o personagem "Ralah Ricota", e "Fritz The Cat", um gato boa vida que usa muitas drogas e tem uma vida sexual super ativa, talvez um esboço da "Rebordosa"?!?!?! Crumb tinha mais dois irmãos, um mais velho e outro mais novo, Crumb mostrava um certo grau de sociofobia, fruto da criação de um pai severo e uma mãe superprotetora. Há, sobretudo, bastante influência sociopata de seu irmão mais velho sobre Robert. Charles obrigava seus irmãos a desenharem quadrinhos na infância. Já em plena carreira passou a adaptar obras literárias de autores como Franz Kafka, Charles Bukowski e Philip K. Dick. Em 2009 lançou a adaptação quadrinhistíca do Gênesis, um capítulo da bíblia. Em 2007, figurou o 20º lugar da lista de 100 gênios vivos, compilada pela empresa de consultoria global Synectics. Atualmente, mora no sul da França com a esposa e filha, ambas também cartunistas. Agora com a palavra o Próprio "Robert Crumb" sobre esse fantástico trabalho aqui postado "BLUES"... "No início, a história em quadrinhos “É a Vida” não passava de uma paródia da ideia que se podia fazer da vida que levavam os cantores de blues. O próprio herói, Tommy Grady, é um composto de diversas histórias que eu tinha lido sobre cantores de blues. Tommy Johnson era um pouco assim... uma espécie de fracassado. Misturei isso com o que eu sabia da Memphis e da Beale Street naquela época.Recentemente, li uma entrevista com um velho sujeito que havia conhecido Memphis naqueles anos. Ele dizia que, com frequência, se viam cadáveres de manhã cedo nas vielas da Beale Street. A polícia só vinha retirá-los mais tarde.Eu queria também mostrar os dados colhidos em campo e o fato de que basicamente todas as casas de discos sumiram no decorrer da depressão americana. Foram todas absorvidas por empresas maiores – a Victor foi vendida à RCA, por exemplo. As menores desapareceram sem deixar vestígios – Paramount, Grey Gull, Gennett...“Kansas City Frank Melrose” foi feito na mesma época que “É a Vida”. Frank Melrose foi um personagem real. Quem me dera ter conhecido a história de como ele morreu na época em que desenhei essa história. Foi muito interessante. Eu a li somente mais tarde, em um livro escrito por um músico que o havia conhecido. Ao que parece, Frank Melrose foi atacado e morto por ladrões que o ouviram dizer que tinha recebido uma bela soma de dinheiro. Preciso fazer uma continuação um dia desses"...
BAIXEM ESSA SUPER HQ DO BLUES!!!!
CLAUDIOTULL
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