Concordando ou não o autor com essa classificação, se tivéssemos de optar por uma das etiquetas disponíveis na Arte, a Jacek Yerka colaríamos a de «surrealista». Mas não o surrealismo inspirado em Salvador Dalí, bastardia de que sofreram (e sofrem) muitos autores que se seguiram ao "mestre" catalão. As fontes onde Yerka foi beber são mais remotas, notando-se no grosso da sua obra um maior contributo pessoal na reinterpretação dessas influências do que se se tivesse limitado a dar uma mexidela num surrealismo requentado, qual roupa-velha confeccionada à base de restos de Dalí e Marx Ernst do jantar da véspera.Concedido: nas pinturas deste artista polaco reconhece-se por vezes uma certa intertextualidade com renomados autores do século XX, particularmente com René Magritte (Ian Anderson do Jethro Tull cita René Magritte em uma de suas músicas, no LP Too Old to Rock'n Roll: Too Young to Die, a música se chama, From a Dead Beat to an Old Greaser e inclusive ele também cita Jack Kerouac.) e M. C. Escher (nas perspectivas autocontraditórias). Mas o contributos destes é pouco relevante quando comparado com o dos mestres flamengos dos séculos XIV-XVI, como Jan van Eyck, Hugo ver der Goes ou Peter Brueghel, o Velho. A arquitectura, as paisagens, a luz que Yerka passa para a tela poderiam evocar uma Flandres de antanho, mas não fossilizada, antes reinterpretada.Era isto que tínhamos preparado para dizer sobre Yerka. Mas as imagens que ele nos enviou para este portefólio não são particularmente ilustrativas desse aspecto — não foi, claramente, o desejo de se enquadrar nos nossos pré-conceitos que ditou a selecção do autor. Não havendo tempo para reformular a tese, feche-se a edição. Por nós, vamos descobrir este Yerka que, em grande parte, desconhecíamos. FGÉ autor de dois dos mais populares livros de arte da actualidade: Mind Fields (onde as suas pinturas são acompanhadas por contos breves de Harlan Ellison, renomado autor americano de literatura fantástica) e The Fantastic Art of Jacek Yerka. Em 1995 foi agraciado com o World Fantasy Award de melhor artista. Nasceu em 1952 no Norte da Polónia.
Objetivo:
CLAUDIOTULLA minha missão, e é assim que eu encaro esse trabalho, é de apenas divulgar a boa e bela música! Pois é inconcebível deixar as pessoas sem conhecer o verdadeiro Rock. Não consigo imaginar alguém nascer, crescer, viver e morrer sem ouvir pelo menos a metade do conteúdo deste Blog. É uma tortura para meu ser pensar que isso possa acontecer! Quero também deixar muito claro que não pratico pirataria. Os links expiram em 60 dias e sabemos, como bons apreciadores, que um mp3 tem péssima qualidade. Porém, não existe nada melhor do que achar um som na internet, baixar, se deliciar e depois comprar o original, com encartes, um som puro e perfeito! Preservando assim os direitos autorais dos artistas que as produziram!
Desejo a todos uma viagem sonora cheia de delícias musicais!
terça-feira, setembro 04, 2007
Concordando ou não o autor com essa classificação, se tivéssemos de optar por uma das etiquetas disponíveis na Arte, a Jacek Yerka colaríamos a de «surrealista». Mas não o surrealismo inspirado em Salvador Dalí, bastardia de que sofreram (e sofrem) muitos autores que se seguiram ao "mestre" catalão. As fontes onde Yerka foi beber são mais remotas, notando-se no grosso da sua obra um maior contributo pessoal na reinterpretação dessas influências do que se se tivesse limitado a dar uma mexidela num surrealismo requentado, qual roupa-velha confeccionada à base de restos de Dalí e Marx Ernst do jantar da véspera.Concedido: nas pinturas deste artista polaco reconhece-se por vezes uma certa intertextualidade com renomados autores do século XX, particularmente com René Magritte (Ian Anderson do Jethro Tull cita René Magritte em uma de suas músicas, no LP Too Old to Rock'n Roll: Too Young to Die, a música se chama, From a Dead Beat to an Old Greaser e inclusive ele também cita Jack Kerouac.) e M. C. Escher (nas perspectivas autocontraditórias). Mas o contributos destes é pouco relevante quando comparado com o dos mestres flamengos dos séculos XIV-XVI, como Jan van Eyck, Hugo ver der Goes ou Peter Brueghel, o Velho. A arquitectura, as paisagens, a luz que Yerka passa para a tela poderiam evocar uma Flandres de antanho, mas não fossilizada, antes reinterpretada.Era isto que tínhamos preparado para dizer sobre Yerka. Mas as imagens que ele nos enviou para este portefólio não são particularmente ilustrativas desse aspecto — não foi, claramente, o desejo de se enquadrar nos nossos pré-conceitos que ditou a selecção do autor. Não havendo tempo para reformular a tese, feche-se a edição. Por nós, vamos descobrir este Yerka que, em grande parte, desconhecíamos. FGÉ autor de dois dos mais populares livros de arte da actualidade: Mind Fields (onde as suas pinturas são acompanhadas por contos breves de Harlan Ellison, renomado autor americano de literatura fantástica) e The Fantastic Art of Jacek Yerka. Em 1995 foi agraciado com o World Fantasy Award de melhor artista. Nasceu em 1952 no Norte da Polónia.